Pipaço pela infância e em defesa dos direitos humanos na Aldeia Cabana

• Atualizado há 4 anos ago

Para chamar a atenção da sociedade para o enfrentamento ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, defesa das pessoas com sofrimentos psíquicos e genocídio da juventude negra, a Prefeirura Municipal de Belém promoveu o “Pipaço Por Direitos”.

A ação realizada nesta terça-feira, 18, na Aldeia Cabana, bairro da Pedreira, reuniu crianças, jovens e movimentos sociais para dar visibilidade à luta dos direitos humanos.

O prefeito Edmilson Rodrigues participou do evento e brincou com as crianças empinando pipa. “Esse dia, além de ser para expressar a necessidade de Belém ser uma cidade amorosa e solidária é também para repudiar qualquer forma de opressão e violência”, enfatiza o prefeito.

O dia 18 de maio, é uma data dedicada nacionalmente ao combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e jovens que sofrem muitas vezes dentro próprio círculo familiar, encarcerados sem qualquer tipo de auxílio familiar e psicológico.

A Secretaria Extraordinária de Cidadania e Direitos e Humanos de Belém (SecDH) e Secretaria de Esporte, Juventude e Lazer (Sejel) uniram forças para promover a ação conjunta, convidando também movimentos ligados à infância, juventude, luta antimanicomial e movimento negro para participarem do evento.

“Através de um pipaço nós resolvemos juntar essas três pautas para de forma simbólica dizer que nós queremos nossas crianças livres para brincar. Nós queremos a juventude livre para viver e nós queremos a loucura livre para se expressar”, ressalta o titular da SecDH, Max Costa.

O pipaço foi uma brincadeira que mexeu com a rotina do pequeno Davi da Costa Alencar, 12 anos, que costumava brincar diariamente na escola, mas devido à pandemia não pôde mais encontrar os coleguinhas de classe. “Foi legal. Eu não não consegui subir a pipa, mas deu pra aproveitar até cansar”, disse Davi.

Ele foi para Aldeia acompanhado de Ana Vitoria Nascimento, 12, que em casa, geralmente joga videogame. Para ela, o pipaço foi uma brincadeira diferente. “Para mim tá sendo legal”, comentou.

Essa foi uma das primeiras ações em parceria entre as secretarias, com objetivo de levantar questionamentos e chamar atenção sobre como o poder público juntamente com a sociedade podem constituir políticas públicas. “Que a gente possa cada vez mais está articulado, governo e sociedade civil na defesa dos direitos humanos para possamos, de fato, fazer de Belém a capital da resistência e da defesa dos direitos humanos”, ressalta Max Costa.

Para a titular da Sejel, Carolina Quemel, o ato aberto é um combate à violência. “A gente escolheu esse evento do pipaço para representar da melhor forma todos os direitos humanos, através da liberdade representada pela pipa no céu”, destaca.

“Ninguém pode ser violentado na sua dignidade e esse é objetivo de empinar pipas para mostrar a necessidade de cada um exercer a sua liberdade e ser feliz”, destaca Edmilson Rodrigues.

Além do prefeito e dos secretários da Sejel e SecDH, participaram do evento representantes da Coordenadoria Antirracista; Coordenadoria da Mulher; Fundação Papa João XXIII; Defesa Civil; secretarias de Habitação e Educação, além dos movimentos sociais: Juntos, Juntas; Rede Emancipa; Vamos à Luta; União da Juventude Socialista; Pajeu; Movimento; Correnteza; Afronte; União Brasileira de Estudantes Secundaristas; Movimento Reinventar e União Nacional dos Estudantes.

Texto:
Joyce Assunção

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