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Retorno dos desfiles das escolas de samba para Aldeia Cabana emociona público e moradores

• Atualizado há 1 ano ago

O retorno do desfile das escolas de samba de Belém para a Aldeia Cabana David Miguel emocionou e sacodiu o público neste domingo (12). O local onde funciona a Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer (Sejel) teve o segundo dia de desfiles das escolas do Primeiro Grupo que começou na noite de domingo e entrou pela madrugada de segunda-feira (13) com muitas cores, batucada na ponta do pé e homenagens. Com uma nota de louvor ao público, que ocupou todos os lugares da Aldeia, camarotes, frisas e mesas (novos espaços criados neste ano nas arquibancadas e nos alambrados).

Emoção

Uma das pessoas emocionadas com o retorno do Carnaval à Aldeia Cabana era o veterinário Cleber Braga, 39 anos. Morador de Paragominas, sudeste paraense, Cléber visita a capital. “É muita criatividade, eu não sou do meio do carnaval e me encanto com qualquer destaque e apresentação. Eu não sou muito próximo a esse movimento cultural, minha vida é cuidar de vaca e cavalo, mas acho muito emocionante. É uma coisa totalmente diferente do que eu vivo no meu dia a dia. O carnaval traz um sentido de ter experiência com o novo”, elogiou Cleber.

O veterinário curtia o carnaval de Belém dos camarotes e destacou a comodidade da Aldeia. “O Carnaval aqui é positivo, tem acessibilidade para chegar, foi fácil encontrar a entrada, o atendimento está muito bom. Agora estou sozinho, porque os meus amigos, que são umas oito pessoas, foram todos desfilar. O carro está estacionado em local com segurança”, destacou Cleber.

Paixão por Momo

O Carnaval Belém de Todas as Cores 2023 também foi democrático e acessível a todos os públicos. Quem não pôde comprar ingressos para os espaços pagos curtiu o desfile na beira dos alambrados e nas calçadas. O desfile reuniu famílias inteiras apaixonadas por Momo. 

A pedagoga Karina Eleres, de 43 anos, tem no sangue histórias com carnaval. O pai de Karina é mestre de bateria e já desfilou por várias escolas de Belém. A pedagoga estava emocionada acompanhada por familiares e amigos com mesas e cadeiras ao lado do alambrado, próximo da travessa Pirajá.

“Na verdade, depois de tudo o que aconteceu na pandemia estar aqui é emocionante. Perdemos uma tia que era diretora de escola. É muito emocionante estar vivendo esse momento”, diz Karina. “Esse ano não saí em nenhuma escola e decidi só assistir. Os momentos que passei com minha tia e meu pai ficarão para sempre na memória. A vida e a imagem dela era aqui”, relembrou. “Pela minha família ser do samba, o Carnaval é amor à cultura, é uma tradição”.

Garantindo o lugar

A amiga Regiane Gomes, de 39 anos, moradora da avenida Visconde de Inhaúma com travessa Mauriti, na Pedreira, conta que precisou chegar cedo para garantir um bom lugar. “Era umas 19h30 quando a gente chegou. Marcamos com todo mundo pelo Whatsapp. É muito bom para a gente que mora perto, não pegamos trânsito. É bom ter esse espaço porque dá oportunidade para todo mundo assistir o carnaval. Nem todo mundo pode pagar uma arquibancada ou camarote”, contou Regiane.

A dona de casa Liliane luz, de 40 anos, é uma das mais novas vizinhas da Aldeia Cabana: na travessa Pirajá, está a poucos metros da avenida do samba. Liliane estava com a família nos alambrados. “É um momento muito feliz para a nossa cidade, um momento de cultura e lazer. Eu estou passando o carnaval pela primeira vez aqui: me mudei na pandemia, morava no Guamá”, revelou. Liliane foi todos os dias de ensaio e desfiles. “A Aldeia é essencial. Acredito que esse espaço foi feito realmente para esse momento”.

Costureira e recepcionista

A costureira Antônia Barbosa, de 61 anos, moradora do bairro de Fátima, viu o desfile da arquibancada A, localizada na travessa Perebebuí. “É maravilhoso. O carnaval tinha que voltar para cá, ao acabar a pandemia. Já estava na hora de voltar para Aldeia. Eu amo o carnaval!”, elogiou Antônia. “O meu sentimento é de muita alegria, satisfação ao ver todo mundo aqui bem”.

O recepcionista Antônio Raiol, de 42 anos, viu o desfile das chamadas ‘frisas’ – novo espaço para o público criado neste ano – localizado entre as travessas Pirajá e Enéas Pinheiro. “Eu estou gostando bastante. As escolas se preparam e estão caprichando na avenida. O Carnaval é a cultura popular do brasileiro e o povo paraense absorve bem essa cultura. Ele fez falta esses dois anos por causa da pandemia. O povo necessita de cultura. Em questão de comodidade e atendimento está sendo perfeito, a organização está 100%”, aprovou Antônio.

Texto:

Vito Gemaque

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